domingo, 22 de fevereiro de 2015

Caçadores de Obras-Primas

Entre os vários aspectos que marcaram a personalidade de Adolf Hitler, a maioria negativa, evidentemente, estava o seu apreço pelas artes, especialmente a pintura. Ele próprio dedicava muito de seu tempo à atividade, tentando mais de uma vez, sem sucesso, no início do século XX, entrar para a Academia de Belas Artes de Viena. Em meados da década de 1930, já como o führer da Alemanha nazista e com os planos de se tornar um artista frustrados, Hitler passou a ser um obcecado colecionador, roubando diversas peças importantes durante a Segunda Guerra Mundial.

É nesse contexto que entram em cena os Caçadores de Obras-Primas, um grupo de historiadores da arte e curadores de museus que, com o aval do governo e do serviço militar norte-americano, se unem na tentativa de recuperar tais peças antes que Hitler, já encurralado e com o conflito praticamente perdido, as destrua. Uma pena, portanto, que uma premissa tão interessante seja desperdiçada em um filme absolutamente burocrático.

Baseado no livro de Robert M. Edsel com Bret Witter, ‘’Caçadores de Obras-Primas’’ é dirigido e protagonizado por George Clooney. Também responsável pelo roteiro, Clooney reedita a parceria de sucesso com Grant Heslov, três anos após “Tudo pelo Poder” e quase nove após “Boa Noite e Boa Sorte”, ambos projetos reconhecidos em diversas cerimônias de premiação. O longa ainda conta com um elenco recheado de nomes consagrados como Cate Blanchett, Matt Damon, Bill Murray, Jean Dujardin, John Goodman, entre outros. Entretanto, não houve elenco estelar ou parceria de sucesso que salvasse esta tediosa película.

Aqui, o diretor adota uma abordagem extremamente conservadora, que nem de longe lembra o diretor ágil e ousado do ótimo “Tudo pelo Poder”, seu último trabalho na função. O roteiro é raso e superficial, apoiando-se em personagens unidimensionais e sem carisma algum, apelando para arbitrariedades absurdas na tentativa de estabelecer um vínculo emocional com os espectadores. Determinadas cenas, que foram concebidas para causar esse impacto dramático, perdem força dada a fragilidade com a qual o script as constrói, beirando o constrangedor.

Neste sentido, a trilha sonora do excelente compositor francês Alexandre Desplat parece a todo tempo querer martelar nos espectadores um envolvimento emotivo completamente artificial. Apesar de alguns bons momentos, na maioria das vezes as composições soam quase infantis, à medida que, investindo em tons monocórdios, tentam a todo custo potencializar esse apelo fabricado que o longa não consegue sustentar por meio do roteiro, das atuações e da trama em si.

Por outro lado, o tom quase infantil que toma conta da trilha sonora casa perfeitamente com a infeliz opção de Clooney em criar uma atmosfera cômica completamente inadequada. Pior, tais momentos são ainda de péssimo timing, provando que comédia definitivamente não é o ponto forte do diretor. A cena em que um dos recrutas do grupo está sendo “dolorosamente” examinado na cadeira de um dentista, ao passo que tenta manter um diálogo com outro personagem presente no ambiente, é de um mau gosto tremendo.

Como se já não bastasse tal equívoco, “Caçadores de Obras-Primas” parece não saber transitar muito bem entre o seu lado cômico e o drama natural do enredo, uma vez que aquelas pessoas estão no meio de um conflito bélico sem precedentes na história da humanidade, arriscando suas vidas por um ideal, longe de casa e de suas famílias. Assim, a narrativa torna-se confusa e aborrecida, fazendo com que o filme acabe não cumprindo nenhuma das abordagens de maneira eficiente.

A cena em que o personagem interpretado por Matt Damon pisa acidentalmente em uma mina ilustra perfeitamente essa dificuldade. O suspense do momento é fatalmente atrapalhado pela sugestão de comicidade presente nos diálogos e na reação dos outros personagens envolvidos no plano. Dessa forma, em nenhum instante sentimos o real perigo daquela situação, já que o humor fora de hora destoa completamente da atmosfera dramática requerida pelo contexto.

Eis o que podemos estabelecer como o primeiro grande escorregão da carreira de George Clooney como diretor. ‘’Qual o real valor da arte?’’, pergunta determinado personagem já no terceiro ato do filme, em uma das muitas reflexões desperdiçadas pelo desequilíbrio da película. A julgar pela presente obra, não muito. Que seja apenas um breve contratempo no caminho deste que já provou ser talentoso na direção, mas que aqui passou longe de funcionar.










Coco Chanel - Minissérie




Produzida pela França, Inglaterra e Itália a minissérie “Coco Chanel” foi exibida no dia 13 de setembro no canal americano Lifetime com dois episódios. 

Estrelada por Shirley MacLaine, Malcolm McDowell, Barbora Bobulova, a história traça a vida da estilista francesa de sua juventude ao seu período de glória.

Escrita por Enrico Medioli, de “Era Uma Vez na América”, a minissérie tenta reproduzir o período político e social no qual Coco Chanel viveu. 

Uma das 100 personalidades mais famosas do Século XX, segundo a revista Time, a estilista já teve sua vida retratada em vários momentos e veículos. 



Se Eu Ficar

No filme  Se Eu Ficar, Mia Hall (Chlöe Grace Moretz) é uma prodigiosa musicista que vive a dúvida de ter que decidir entre a dedicação integral à carreira na famosa escola Julliard e aquele que tem tudo para ser o grande amor de sua vida, Adam (Jamie Blackley).

Após sofrer um grave acidente de carro, a jovem perde a família e fica à beira da morte.

 Em coma, ela reflete sobre o passado e sobre o futuro que pode ter, caso sobreviva.





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Garoto de Liverpool - Nowhere Boy

Nowhere Boy (O Garoto de Liverpool no Brasil) é um filme britânico de 2009, que retrata a infância e a adolescência de John Lennon. Teve sua estreia mundial em 29 de outubro de 2009 na noite de encerramento do Festival de Cinema de Londres .

O filme é baseado no livro Imagine This: Growing Up With My Brother John Lennon. O roteiro escrito por Matt Greenhalgh detalha a história de Lennon como um adolescente solitário, abandonado por sua mãe (Julia Lennon) e criado por uma tia autoritária (Mimi Smith), e sua amizade com o Paul McCartney.







quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Coco Antes de Chanel


Quando criança Gabrielle (Audrey Tautou) é deixada, junto com a irmã Adrienne (Marie Gillain), em um orfanato. Ao crescer ela divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira, fazendo bainha nos fundos da alfaiataria de uma pequena cidade. Até que ela recebe o apoio de Étienne Balsan (Benoît Poelvoorde), que passa a ser seu protetor. 

Recusando-se a ser a esposa de alguém, até mesmo de seu amado Arthur Capel (Alessandro Nivola), ela revoluciona a moda ao passar a se vestir costumeiramente com as roupas de homem, abolindo os espartilhos e adereços exagerados típicos da época.










terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O Pequeno Buda



Quando o Lama Norbu viaja para Seattle para encontrar a reencarnação do seu mestre morto, o Lama Dorje, a sua busca leva-o até ao jovem Jesse Conrad. 

Os pais de Jesse, Lisa (Bridget Fonda) e Dean (Chris Isaak) estão compreensivelmente surpresos, mas vêm a ser gradualmente convencidos a levar a sério o Lama.Juntos, eles viajam para o Butão, onde Jesse e duas outras crianças devem ser submetidos a um teste para provar qual deles é a verdadeira reencarnação.

 Entrelaçada neste conto moderno está a história antiga de Siddhartha (Keanu Reeves), mais tarde conhecido como Buda, trilhando o seu caminho espiritual para a verdadeira iluminação.Um filme sumptuoso e épico, que reúne Bertolucci ao vencedor do Óscar de Melhor Fotografia, Vittorio Storano (Apocalypse Now, 

O Último Imperador) e ao vencedor do Óscar James Achenson (Ligações Perigosas, O Último Imperador), Pequeno Buda é uma viagem mágica a um lugar onde o passado e o presente se encontram





50 Tons de Cinza

O livro/filme conta a história de uma garota chamada Anastasia Steele ( Dakota Johnson) que é estudante de  literatura de 21 anos , recatada e virgem. E por causa de uma gripe da amiga reporte, ela entrevista para o jornal da faculdade o poderoso e magnata Christian Grey (Jamie Dornan).  E a partir dessa entrevista nasce uma relação totalmente diferente e jamais vivida por nenhum dos dois.



Já ouvi muitas pessoas falando que o livro só fala sobre sacanagens, e muitas pessoas acabam desistindo da leitura por causa desses comentários ridículos. Eu mesma quase desisti, mas como sou uma curiosa resolvi experimentar a leitura e me apaixonei pela história.

 Christian Grey é bem diferente da maioria das pessoas e ele tenta fazer com que Anastasia Steele se entregue ao seu estilo de vida, mas a história toma uma rota diferente dos objetivos de Christian, os dois se apaixonam e tentam viver um dia de cada vez.

Essa é uma história gostosa de se ler, não cansa e prende você o livro todo. Vocês vão terminar querendo mais! ACREDITE!











segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O Jogo da Imitação

Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens aos submarinos.

 Um de seus integrantes é Alan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático de 27 anos estritamente lógico e focado no trabalho, que tem problemas de relacionamento com praticamente todos à sua volta.

Não demora muito para que Turing, apesar de sua intransigência, lidere a equipe. Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que os ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam executadas.

Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar em equipe e tem Joan Clarke (Keira Knightley) sua grande incentivadora.






Essa é a cinebiografia do criador da máquina de Turing,  o que seria o “pai” dos atuais computadores, e traz muitos elementos que costumam agradar a Acadêmia, ao retratar um tipo “problemático”,  em conjunto com uma história de amor e profissional de seu protagonista, usando um grande apelo de fundo que seria a segunda guerra.

Benedict se supera em passar um personagem metódico e que não gosta das pessoas, que simplesmente vive em seu “mundinho” sendo considerado uma de suas melhores atuações em seu ótimo currículo.

Com uma bela história, se torna um bom filme mostrando como um matemático conseguiu encurtar a guerra, salvando milhares de vidas, simplesmente construindo uma máquina e retratando um homem que muito foi contestado pelos militares e até pelos seus colegas de trabalho, de que daria certo gastar milhões em algo que só fazia barulho. Um fato marcante é como era tratada a homossexualidade na época o que acaba causando grandes transtornos a ele.

Outro ponto é a inclusão de Joan Clarke mostrando o preconceito e a desvalorização feminina na época, de forma que se torna frequente e rendeu uma ótima crítica para a atriz Keira Knightley.


Embora seja um bom filme, além de ser uma biografia, pode não agradar uma galera que prefere ver sangue e guerra, mas é importante observar um lado menos explorado e tão importante quanto dos  demais. Esse é um filme mais lento, com ótimas sacadas e frases marcantes, principalmente no início. Então, se você é fã de segunda guerra, aconselho, e muito, a assistir O jogo da Imitação.


Allen Leech...
O Jogo da Imitação... e Downton Abbey...